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Os Templários em Portugal

Em 1312, o Papa Clemente V criou a bula Vox in Excelso, extinguindo a Ordem dos Templários para sempre, e declarando que os Hospitalários deveriam receber seus bens. Ainda que a Ordem Templária fosse dizimada na França, ela não sofreu tão brutalmente em outras nações européias. Na Inglaterra, o rei Eduardo II reagiu lentamente à bula papal condenando os templários. Na Alemanha, na Suíça e em Aragão, os templários foram declarados inocentes, e em Chipre, que abrigava a sede da Ordem, todos os cavaleiros foram absolvidos das acusações lançadas pelo rei Felipe.

 

Em Portugal, o rei Dom Diniz (1261- 1325), que não era apenas o "Lavrador", como a história o cognominou, mas também, e acima de tudo, o rei atilado e previdente que sabia compreender os desígnios do rei de França em relação aos Templários. Os Templários em Portugal possuíam privilégios excepcionais, e eram donatários de castelanias, vilas e aldeias, cujos rendimentos aguçavam o apetite de Felipe IV e de Clemente V. Dom Diniz decidiu garantir a permanência da Ordem em terras portuguesas: sugeriu uma doação formal dos seus bens à Coroa, mas nomeou um administrador templário para cuidar deles. Nem o processo papal nem a execução do Grão-mestre Jacques DeMolay, em 1314, o intimidaram. Reiterando que os templários não haviam cometido crimes em Portugal, Dom Diniz transferiu parte do espólio dos Templários para uma nova organização recém criada: a Ordem de Cristo. 

 

A nova ordem foi fundada em 14 de Agosto de 1318, na qual faziam parte alguns Cavaleiros Templários Portugueses remanescentes das perseguições impostas pelo Papa Clemente. 

Em 14 de Março 1319, através da bula Ad ea exquibus, um novo papa, João XXII, reconheceu a Ordem, seu nome oficial: Ordem dos Cavaleiros do Senhor Jesus Cristo. O patrono da Ordem foi o Papa João XII e a regra empregada foi a Cisterciense, a mesma dos Templários. À Ordem foi dada, além das propriedades que pertenciam aos Templários, seus estatutos e modo de vida. Consta que o castelo de Tomar virou a caixa-forte dos segredos (recursos e informações secretas) que a Inquisição não conseguiu arrancar.  

 

Assim, Portugal virou refúgio para perseguidos em toda a Europa. De vários países chegavam fugitivos, carregando o que podiam. O mestrado da nova Ordem coube aos soberanos portugueses - o primeiro Grão-Mestre da Ordem foi Dom Gil Martins -, e as riquezas acumuladas pelos Templários tiveram importante papel no financiamento das explorações e dos descobrimentos marítimos empreendidos pela coroa de Portugal. Imediatamente, a Ordem se expandiu rapidamente para a Espanha, Itália, França e Alemanha.

Então, a colonização portuguesa era feita em nome da Ordem e a ela era devido o dízimo. Para os cavaleiros uma nova era, com uma nova missão. 

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Feito por Pedro e Lucas Galante
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