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Alberto Mansur

Contemporâneo do Idealismo, precursor da coragem construtora de um verdadeiro "Pedreiro Livre", ele marcou uma época na Maçonaria brasileira, ou diríamos com melhor prudência, ele é o marco de uma nova fase da Maçonaria brasileira, construtor, tal qual os "Grandes Maçons" do passado, ergueu um Império, ou melhor o "Santo Império", dotando e transformando o Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, em 14 anos de sua administração como Soberano Grande Comendador, no mais respeitável Órgão da Maçonaria brasileira, integrado plenamente ao contexto da Maçonaria Mundial, ouvido e respeitado pela mesma em todas as conferências mundiais, sendo inclusive a sede da Conferência Mundial do Ano 2000.

Se não bastasse a aquisição de uma moderna sede administrativa, ocupando um quarteirão inteiro no bairro de Jacarepaguá, na Cidade do Rio de Janeiro, dotada dos mais avançados meios e tecnologia em sua operatividade, se não bastasse ter atingido, em vida, o prestígio que muitos atingiram com o reconhecimento de seu trabalho após suas passagens para o "Oriente Eterno", Alberto Mansur mudou a História.

Até o término de seu mandato como soberano Grande Comendador da Maçonaria brasileira, era tradição e vitaliciedade do Cargo de Soberano Grande Comendador, ou seja: Todos os soberanos Grandes Comendadores anteriores, por tradição, só eram substituídos após suas passagens ao "Oriente Eterno", quando então os membros Efetivos do "Sacro Colégio" se reuniam para a escolha do novo Soberano Grande Comendador. Feliz ao ver o franco progresso do Supremo Conselho da Maçonaria, sentiu estar cumprida, em parte, sua missão, mudou a História, quebrou uma tradição de mais de cem anos, convocando eleições para Soberano Grande Comendador e atualizou a legislação para que o Cargo passasse a ser escolhido periodicamente, à luz da Democracia progressiva que se implantava nos Altos Graus da Instituição Maçônica.

Não bastasse esta longa e dedicada trajetória, Alberto Mansur já estava vislumbrando um novo horizonte, com a visão que somente os idealistas possuem, ele já decidira dedicar os anos futuros de sua existência à revitalização da maçonaria brasileira, decidira-se a investir e trabalhar com os jovens da Ordem DeMolay.

Para contudo falarmos, ou melhor registrarmos a figura ímpar e carismática do Grande Mestre Alberto Mansur, Fundador da Ordem DeMolay no Brasil, sem incorrermos no lamentável erro de não nos colocarmos à altura suficiente de tão digna e importante missão, recorremos ao auxílio de outra figura, cujo brilho e grandeza se iguala na constelação dos "Grandes Homens da História".

Na sabedoria peculiar ao "Imortais", reproduzimos o discurso proferido pelo atual Soberano Grande Comendador, Ministro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e Ex-Senador da República, Ilustre e Poderoso Irmão Venâncio Igrejas, por ocasião da recepção do Acadêmico ALBERTO MANSUR, na Academia Brasileira Maçônica de Letras.

"Sr. Presidente da Academia Brasileira Maçônica de Letras."

Senhoras e Senhores.

Este Egrégio Templo, honrado com o nome ilustre do saudoso Soberano Grande Comendador DANIEL CORRÊA TRINDADE, com o ambiente repleto da luz espiritual emanada de tantas sessões ritualísticas aqui promovidas pelos Irmãos Maçons, hoje se torna o palco soberbo de um acontecimento para a Maçonaria: a posse do Soberano Grande Comendador ALBERTO MANSUR na Academia Brasileira Maçônica de Letras, não apenas pelo seu prestígio na Ordem mas também pelos seus trabalhos de verdadeira índole literária, expressa em notáveis discursos, conferências, escritos, mensagens, ditados pelo bom gosto intelectual, nas variadas vezes nas quais se tem pronunciado sob inspiração de suas altas responsabilidades de dirigente máximo do Rito Escocês no Brasil.

O presente ato solene se reveste de uma significação especial quando vem a ser realizado no "campus" da atual sede do Supremo Conselho da Maçonaria, em Jacarepaguá, constituindo um conjunto de 16.000 m³, com Templos e outras serventias, que ALBERTO MANSUR adquiriu, corajosamente, perante a perplexidade dos demais Irmãos.

Foi numa data em que o Brasil inteiro se engalanava de flores e pendões; em que o Povo se desfilava ante as centenas de bandeiras, desfraldadas por toda a imensidão continental da Pátria, para assistir aos desfiles militares, multiplicados pelos Estados da União; quando na Cidade do Rio de Janeiro se abriram os portões da maior Feira de amostras acontecida até então no País; quando da Bélgica, cujo supremo Conselho apadrinhou o Brasil, veio o seu Rei, herói famoso da vitória democrática na 1º Grande Guerra Mundial, para participar da festa brasileira; que nasceu ALBERTO MANSUR, chamado por esse nome (no lugar de Abdala ou Salim, já cogitados) exatamente em homenagem ao monarca Belga.

Era o dia luminoso do 7 de setembro do ano de 1922!

Todo o Brasil vibrava de emoção e patriotismo, porquanto se reverenciava o Centenário da Independência. Na cidadezinha fluminense de Vargem Alegre os primeiros vagidos do menino ALBERTO eram orquestrados aos sons dos trompetes e clarins festivos da grande efeméride brasileira.

O Grande Arquiteto do Universo registrava nos Anais dos Templos a vinda à Terra de um predestinado.

ALBERTO MANSUR, descendente de libaneses, traz no sangue a dignidade de um povo laborioso e digno; vivendo entre nós, como companheiro, amigo e irmão, concorrendo de modo significativo para o constante progresso brasileiro.

Em 1923, com um ano apenas, acompanhou seus pais, que se mudaram para o Interior de São Paulo, os quais sentiam saudade do distante Líbano, mas demonstrando com sua fibra e crença no ainda novo porém grande País que consideravam como sua Pátria de adoção; indo residir numa cidade pequena e recém-criada, com a sonora denominação indígena de Paraguaçu, situada nos confins da lata Sorocabana, onde o jovem cresceu vendo em seus pais autênticos desbravadores e recentes bandeirantes daquele sertão longínquo.

Ali passou os primeiros verdes anos da sua existência, na posição ímpar de único varão, entre quatro irmãs, um cravo nesse ramalhete de rosas; cidade na qual fez o curso primário, completou o ginásio e freqüentou uma Escola de Comércio; onde desde cedo já ajudava no balcão da Loja de sua família. Nesse mister precoce adquiriu bases sólidas, para depois, com a idade de apenas 16 anos, assumir a responsabilidade da firma, junto com sua mãe, devido à prematura morte de seu genitor e depois de seu tio, ambos dedicados maçons.

Com o tio José Nemetalah Mansur, Alberto teve a oportunidade de visitar a Loja Maçônica local, que tinha o bonito e altamente simbólico nome de "Alva Estrela de Paraguaçu", cuja impressão o acompanha até os dias atuais, quando aquele menino de ontem alcançou hoje o Grau 33 e portanto o ápice da pirâmide maçônica, galgando todos os seus patamares rituais. Um livro de seu tio, com o título expressivo de "Ideal Iniciático", de Oswald Wirth, que conheceu na época da juventude, ele o guarda até hoje, com muito carinho, como uma herança valiosa.

Desde então o jovem fluminense criado na cidade de Paraguaçu Paulista, ouvindo as conversas do pai com o tio, sentiu a benéfica curiosidade comum aos moços inteligentes de saber coisas da enigmática Maçonaria, da origem tão antiga de seu nome, das suas finalidades, dos seus ritos, do significado daqueles símbolos, tudo velado num certo ambiente de mistério. Um dia ele haveria de pertencer a essa Organização sedutora. Dentro do seu cérebro, alimentado pela mocidade sadia, pressentiu todo o valor dessa poderosa associação, nascida como se fora uma alavanca de ouro, para erguer o Mundo do nível dos bons princípios, elevar os caminhos que tentam alcançar a praça da Sabedoria e da Paz.

Em 1940, tendo sua irmã mais velha se casado, vindo residir na Cidade Maravilhosa, Mansur, a mãe e as três irmãs, atendendo ao chamado de seu cunhado, também maçom, se transferem para a grande metrópole, principalmente porque essa mudança oferecia melhores oportunidades para que pudessem continuar seus estudos. Para ele foi mais difícil, porém costuma falar com orgulho e satisfação que pode colaborar para que suas irmãs se formassem, posteriormente exercendo com brilhantismo a carreira do magistério.

Ele continuou em sua vida comercial, trabalhando por conta própria em vários ramos de atividade, procurando se aperfeiçoar em cursos dentro de sua especialidade, tendo se formado em Relações Públicas e Humanas, Promoções e Publicidade, Marketing, Contabilidade, vendas e finalmente Gerente e Administrador de Empresas.
A grande experiência adquirida - como ele mesmo declara - atrás de um balcão, o levariam por certo um dia ao sucesso, como vendedor, do lado de fora do balcão, o que realmente aconteceu. "

É por essas e outras razões que agradecemos, de coração, o trabalho e dedicação do Tio Alberto Mansur, homem que é responsável pela harmonia da Ordem DeMolay e pelos laços de amizade que todos os DeMolays construíram em suas vidas.

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Feito por Pedro e Lucas Galante
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